Desde pequeno imaginamos como seria o universo cinematográfico na vida real, enquanto assistiamos a grandes produções de TV dos anos 80/90, com efeitos práticos, muitas vezes ridículos, e ainda assim agradando os olhos a cada cena. Monstros enormes, prédios destruídos, naves em super velocidade, entre outros. E pensávamos: como seriam aquelas cenas no futuro?
O tempo passou e com ele a evolução tecnológica foi crescendo. De uma hora para outra, filmes produzidos em telas verdes foram surgindo, carros sendo atirados, viagens espaciais foram se tornando mais realistas, expedições ao fundo do mar, dinossauros ganharam mais tempo em tela e a era dos super heróis se destacando, dos cinemas para as telas de tv, e assim as histórias épicas, recheadas de efeitos foram ganhando mais espaço, aumentando significativamente os retornos em bilheterias, bem como os orçamentos de produção.
Porém, quando achávamos que tudo seriam flores, que chegando na segunda década dos anos 2000 a revolução de efeitos especiais manteria sua qualidade e significância, nos deparamos com a questão, será que passamos por um declínio ou a ambição dos estúdios deixaram de lado a qualidade em favor da quantidade?
O que aconteceu com os estúdios que outrora criaram personagens impecáveis como o Capitão Davy Jones de Piratas do Caribe, ou os veículos megalomaníacos que viravam robôs em Transformers? Hoje nos deparamos com sequentes decepções, como o uso extremo e questionável de efeitos em Thor: Amor e Trovão e The Flash.
Como resultado disso, temos cada vez mais filmes conquistando o fracasso em bilheterias, tornando os fãs cada vez mais exigentes. Talvez seja hora dos estúdios repensarem. Não é a quantidade de heróis em tela ou o quanto a franquia vai lucrar, e sim qual o interesse do público e qual a intenção deles em acolher um filme.
O público hoje possui inúmeras opções para escolher, a cada semana os cinemas e streamings chegam com conteúdo para todos os gostos, porém o que chama a atenção atualmente, não são carros explodindo ou qual o herói é mais forte, o importante hoje, é a qualidade da atração e o quanto ela vai nos prender em sua história.