CLOSER - PERTO DEMAIS: UMA IMERSÃO SOBRE A DEPENDÊNCIA E O AMADURECIMENTO DAS RELAÇÕES


No mundo do cinema alguns filmes tornam-se únicos pela sua narrativa, outros pelo elenco ou personagens que cativam o publico e são imortalizados, alguns filmes marcam por sua trilha sonora e outros pelas lições e mensagens de deixam ao publico como reflexão. Há 20 anos, no saudoso 2004, ouso dizer, um dos melhores anos para o cinema, um filme chegava as telas e deixava sua marca, tornando-se não apenas um sucesso cultuado por duas décadas, Closer – Perto Demais, fazia o que poucos filmes no decorrer do tempo fez, contar uma história de amor, exalando maturidade, audácia e compaixão.

O filme, prendendo a atenção do público antes mesmo da primeira cena, ao som de The Blower's Daughter, do cantor irlandês Damien Rice, a canção diz “Então é isso... Assim como você disse que seria... A vida me trata gentilmente...”. E no embalo da melodia, somos apresentados a Alice, uma jovem americana solta nas ruas de Londres a espera do que pode vir, ela se depara com Dan, um aspirante a escritor que a ajuda após um incidente e logo se apaixonam. Mas a vida prega suas peças e logo Dan se vê envolvido com Ana, que por ironia do destino, envolve-se com Larry. Ao longo de vários anos, estes quatros personagens têm suas vidas cruzadas, onde amor, luxuria, ciúmes, desejo e possessão tomam conta de suas vidas e os deixarão perto demais de algo que cada um deseja, uma história de amor que todos deixaram escapar. 

Dirigido pelo saudoso cineasta Mike Nichols e estrelado pela musa do cinema Julia Roberts, o longa ainda apresenta os galãs Jude Law e Clive Owen, ao lado da estrela Natalie Portman em um de seus melhores papeis. O longa mergulha o publico em questões pessoais, mostrando o que acontece quando não conseguimos nos distanciar o suficiente das coisas para enxergá-las com maior clareza. Expondo a fragilidade humana, indo além do clamor erótico, do desejo, mostrando o quanto a pessoa pode ser venerável quando se sente só e desamparada.

Uma história tão sensível, mas ao mesmo tempo tão visceral, um enredo atemporal, que pode ser vivido e revivido por qualquer pessoa ao redor do mundo, Closer – Perto Demais, é o cinema em seu tom mais intimista, ouso dizer, em seu estado de perfeição. Um filme que não peca no excesso, que não deixa pontas soltas, que dá ao público uma oportunidade de pensar, de interpretar, de interagir e se questionar, até onde somos capazes de ir por alguém? Qual o limite? Como podemos prosseguir?

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem