RESENHA: PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM



Em 2011 Rupert Wyatt nos entregou nos cinemas uma visão inovadora do clássico Planeta dos Macacos, intitulado "A Origem", não só revitalizando a franquia, mas também explorando temas como identidade, ética, ciência e evolução.

O longa é uma prequel que explora a saga dos macacos inteligentes, barrando a história do chimpanzé César, interpretado de forma brilhante por Andy Serkis. César é resultado de um experimento genérico que desenvolve uma super inteligência e grandes habilidades cognitivas, em comparação com os mesmos de sua espécie e até mesmo com humanos.
A narrativa acompanha o crescimento de César em cativeiro, sua relação com o cientista interpretado por James Franco e sua jornada para descobrir sua própria identidade. A exploração ética da manipulação genética e os dilemas morais enfrentados pelos personagens são temas fortes ao longo do filme.

Um dos principais detalhes do longa, abordado de forma fascinante as questões profundas sobre a natureza da humanidade e da evolução. César é uma representação poderosa de um ser que transcende sua própria espécie, lutando para encontrar seu lugar em um mundo que o vê como menos do que humano. O longa também levanta questões sobre os perigos da ciência sem ética e a responsabilidade dos seres humanos sobre outras formas de vida que eles criam. A ambição científica em busca de progresso e cura contrasta com as consequências imprevistas e muitas vezes devastadoras.

O uso da tecnologia de captura de movimentos foi o grande diferencial para dar vida a Cesar, Andy entregou uma performance gigantesca, trazendo uma profundidade emocional e uma gama de expressões que elevaram o personagem a outro nível, deixando de ser somente um efeito visual.

O longa foi um grande sucesso nos cinemas, trazendo outras duas sequências também elogiadas pela crítica, com ambos explorando temas estabelecidos no primeiro filme. Solidificando a trilogia como uma das mais respeitadas dentro do gênero de ficção científica.

Planeta dos Macacos não é somente um reboot de uma clássica franquia. É um filme que desafia as convenções do cinema de ficção científica, oferecendo uma narrativa envolvente e reflexiva sobre o que significa ser humano. Com performances impressionantes e temas atemporais, este filme continua a ser uma referência importante no gênero, proporcionando aos espectadores uma experiência cinematográfica que é ao mesmo tempo emocionante e intelectualmente estimulante.

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