DC COMICS E SEU LEGADO NA CULTURA POP


Nos primórdios da cultura pop, é inegável o legado que a DC Comics moldou quando o assunto é super-heróis. Liderado pela trindade Superman, Batman e Mulher Maravilha, a editora é famosa por arcos únicos onde mergulha na nostalgia ao unir vários personagens e histórias que desencadeiam momentos épicos nos quadrinhos, tais como Elsewords, Crise nas Infinitas Terras, entre outros. 

Já no universo cinematográfico, a DC foi a pioneira ao apresentar no final da década de 70 o primeiro filme baseado em quadrinhos, com Superman o Filme, imortalizado na personificação de Christopher Reeve. Legado este que mantem a editora visível à cultura pop até os dias atuais, hoje com a estruturação da DC estúdios pelas mãos do visionário James Gunn. 

Mesmo com os autos e baixos enfrentados na última década, é inegável o tamanho do legado da DC Comics. Em seus primórdios iniciais, após o sucesso de Superman e suas continuações, era mais que esperado que o Batman ganhasse sua própria adaptação ao cinema, e foi ao fim dos anos 80 que o excêntrico Tim Burton apresentou o morcego de Gotham de maneira única com Batman e sua continuação Batman o Retorno.

Após os controversos Batman Eternamente e Batman e Robin, o maior herói da editora foi revivido em meados dos anos 2000 pelas mãos de Christopher Nolan, dessa vez apresentado como um vigilante mascarado numa Gotham dominada pelo caos. O lado mais obscuro e frio do herói foi ovacionado pelo publico e critica e ainda hoje a trilogia O Cavaleiro das Trevas é considerada unanime quando o assunto é qualidade e audácia.

No que diz respeito ao carro chefe da editora, o Superman, em 2006 após quase 20 anos sem receber nenhuma adaptação, o diretor Bryan Singer, conhecido por levar os Xmen às telas no início dos anos 2000, toma a frente em uma adaptação soberba e audaciosa, mesmo que não tenha conquistado o publico como almejado, o filme é tido como brilhante pela crítica.

Com a chegada da segunda década dos anos 2000, a maior concorrente da DC Comics, a Marvel, dava seu pontapé inicial em um universo compartilhado que se tornaria um dos mais aclamados e envolventes dos anos seguintes, essa era a deixa que a maior editora de quadrinhos em parceria com a Warner Bros seguisse os mesmos passos. O primeiro projeto dessa ambiciosa empreitada foi com Lanterna Verde, filme de 2011, que se tornou uma verdadeira decepção e quase afundou de vez a ideia de universo compartilhado. Ideia esta que seria retomada anos mais tarde com a estreia de O Homem de Aço, dirigido pelo audacioso Zack Snyder e protagonizado pelo astro Henry Cavil, o filme seguia os moldes da trilogia O Cavaleiro das trevas e apresentava um tom mais sombrio e intimista. Todavia essa empreitada torceu o nariz de uma boa parte dos fãs.

O capítulo seguinte dessa jornada, tornaria a história ainda mais controversa, com a estreia do audacioso Batman vs Superman, Snyder trazia talvez o maior debate da cultura pop. Amem ou odeiem, o filme foi o responsável por apresentar ao publico a primeira inserção da Mulher Maravilha que até então não havia ganhado uma adaptação cinematográfica e veio às telas aprovada por unanimidade vivida pela bela atriz israelense Gal Gadot, bem como tivemos o primeiro vislumbre de The Flash, vivido por Ezra Miller e Aquaman, vivido pelo excêntrico Jason Momoa e a indicação de que em breve a Liga da Justiça estaria reunida.

Todavia, nem tudo que estava no papel ou nos planos do estúdio seguiram como planejado, Batman vs Superman, chegou aos cinemas com cortes bruscos e críticas que desapontaram aqueles fãs mais assíduos e acabou não apresentando ao publico o que realmente era esperado, assim como a reunião dos vilões Esquadrão Suicida que prometera o filme mais espetacular da casa e acabou sendo só uma comedia boba estereotipada, que ao menos nos apresentou mesmo de forma machista e errônea a sagaz Arlequina da musa Margot Robbie. Com isso a grande junção dos maiores heróis do universo DC passou por diversos conflitos antes de chagar às telas, tais como problemas nos bastidores, refilmagens longas e uma troca inesperada de diretor fez com que o longa chegasse aos cinemas cm uma fama ruim e críticas mistas.

Contudo, nem tudo era problema para o universo DC, e um dos filmes mais aguardados da editora era a primeira adaptação da amazona Diana Prince, a principal heroína da casa, ganharia o primeiro filme de super herói protagonizado por uma mulher, novamente interpretada por Gal Gadot, em 2017 era apresentados a Mulher Maravilha, tido como o melhor filme do universo compartilhado, o longa apresentava a historia de origem da heroína e como esta tornou-se um marco para a historia da editora, dirigido por Patty Jenkins, o filme tornou-se unanime no quesito público e críticas, mesmo que sua sequencia de 2020 subtitulado como 1984 não tenha atingido a mesma qualidade, é indiscutível que Gal Gadot é a personificação perfeita para a Mulher Maravilha. 

Aquaman, foi o segundo herói a ganhar um filme solo após o polemico Liga da Justiça. Assim como Mulher Maravilha, o estúdio optou em apresentar a origem do herói e deixar de lado sua interação com a liga, o filme apresentou um Aquaman mais fanfarrão, tirando a visão que o publico tinha do personagem, com uma grande química entre Jason Momoa e sua coprotagonista Amber Heard, o filme foi o primeiro desta nova leva a ultrapassar a barreira do bilhão em bilheterias, mesmo que no quesito críticas, o filme não tenha sido muito apreciado. 

Com o sucesso de Mulher Maravilha e Aquaman, o estúdio tirava lá dos seus primórdios na era de outro dos quadrinhos um dos personagens mais subestimados, o irreverente Shazam. A história do garoto que se transforma em um super-herói ao dizer a palavra magica ganhou as telas do cinema em meados de 2019, de maneira singela, o filme tornou-se um sucesso moderado, com a crítica aprovando o tom família e a leveza de Zachari Levi na pele do herói. Ganhando uma tardia continuação vinda fora de época que se tornou um verdadeiro fracasso de bilheteria.  

Porém problemas na gestão do grupo Warner fez com que o universo DC sofresse incertezas e complicações com suas adaptações futuras. Antes do início da pandemia, Aves de Rapina até tentou segurar o sucesso de seus anteriores, bem recebido pela critica o filme que apresentava a emancipação da irreverente Arlequina de Margot Robbie, até tentou, mas não foi abraçado pelo publico e o fechamento dos cinemas ao redor do mundo não ajudou muito o filme, bem como na aclamada sequencia O Esquadrão Suicida, que acabou ficando a ver navios.

Os filmes seguintes, tornaram-se verdadeiros impasses para a editora, mostrando que algo estava fora de controle. Adão Negro trazia uma proposta inédita, reestruturar o universo DC, trazer o Superman de Cavil de volta e dar outro tom às histórias baseadas em quadrinhos, estrelada pelo astro The Rock, que almejou por mais de uma década a adaptação do anti-herói, o longa bateu na trave e não empolgou como proposto e acabou deixando um gosto meio amargo na boca dos fãs. 

Chegava então uma nova era para o universo DC, com a aquisição do grupo Warner pela Discovery e a subsequente reestruturação da editora, que agora opera como um estúdio independente sob o selo DC Estúdio., dirigido pelo visionário James Gunn em parceria do produtor Petter Saffran. Contudo, o plano de 10 anos divido em várias fazes apresentado pelos novos idealizadores prejudicou as estreias vindouras, tornando os filmes lançados em 2023, Shazam: Fúria dos Deuses, The Flash e Besouro Azul, verdadeiros fracassos de bilheteria. 

Shazam – Fúria dos Deuses, decepcionou em não manter o tom elogiado do filme anterior e The Flash, o filme mais controverso da DC que por anos tentou vê a luz do dia tornou-se uma verdadeira decepção. Rodeado de problemas, troca de diretores, polemicas de seu protagonista e alterações e refilmagens feitas para apagar os filmes anteriores, e chegar como um possivel rebot do universo DC nos cinemas, acabou flopando e não cumprindo com o prometido. Apresentando uma história picotada e efeitos especiais genéricos, o filme rapidamente foi esquecido pelo público. 

Quem acabou sofrendo com todas essas mudanças foi o divertido Besouro Azul, um filme diferente dos demais títulos, estreando em uma época complicada para o estúdio, o filme não alcançou a bilheteria almejada, mas se saiu bem com as críticas.

E meio aos fracassos de bilheteria recentes, em algumas semanas chega a vindoura e tardia sequencia do sucesso Aquaman. Contudo Aquaman e o Reino Perdido, chega às telas envolto de adiamentos inexplicáveis, polemicas da coprotagonista Amber Heard e inúmeras notícias de refilmagens e problemas de bastidores, resta saber se o finado universo DC se encerrará com mais um fracasso. 

Mas em uma editora tão grande, não é só de polemicas e problemas de bastidores que o nome DC se sustenta. Lá em meados dos anos 2000 quando Cristopher Nolan iniciava a trilogia O Cavaleiro das Trevas, era notório o tamanho do universo do Morcego de Gotham e como este poderia se sustentar sozinho. Em 2019, fora do selo Universo DC, a Warnner apresenta ao público o inigualável Coringa, um filme que dispensa comentários que consagrou o astro Joaquin Phoenix com o Oscar de Melhor Ator ao dar vida ao icônico vilão de maneira única.

Quem também ganhou uma nova roupagem fora do universo compartilhado foi o Cavaleiro das Trevas, desta vez personificado pelo talentoso Robert Pattinson, dando vida a um morcego em início de atuação, em uma Gotham assolada pelo caos. Apresentando um lado mais detetive do herói The Batman, lançado em 2022 foi aclamado pela critica e publico e já possui uma sequência garantida para outubro de 2025. 

Ainda que o nome DC esteja em baixa devido aos filmes de 2023 que não alcançaram o esperado, e a incerteza do futuro a ser comandado por James Gunn, a iniciar-se em 2025 com o vindouro Superman – Legacy a ser protagonizado por David Corenswet, é inegável o legado que a marca DC possui na cultura pop e o tamanho e quantidade que a editora possui e ainda pode ganhar as telas do cinema. 

--- FORMIGA NERD ---

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